sexta-feira, 19 de outubro de 2007

6. Desmaterialização da obra de arte

A arte e o papel do artista vão aos poucos se desmaterializando: descarta-se uma materialidade, uma concretude, uma existência física ou então, a arte se propõe a uma existência efêmera, durante um certo período de tempo programado.

Surgem manifestações artísticas de caráter não comercializável, não reprodutível, não musealizável como performances, intervenções, instalações, arte tecnológica, body art, land art, arte conceitual. O processo criativo passa a ter tanta ou mais importância que o resultado. Conceitos como arte virtual, interativa, efêmera, híbrida, imersiva...

Mas tudo isto não se deu do dia para a noite, e queremos a partir deste ponto pinçar algumas produções, manifestações, formas, mídias ou movimentos artísticos relacionados com as vanguardas históricas do período moderno, que inauguram o que Walter Benjamin classificou como uma 'teologia da arte', por meio da busca de uma arte ‘pura’, auto-referente, que se recusava a submeter-se às condições impostas por qualquer elemento objetivo.





Keith Arnatt, Auto-enterro (Projeto de Interferência televisiva), 1969 Nove fotografias sobre painel 46,7 X 46,7 cada painel, Tate Gallery

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